Na próxima quarta-feira (27/10), às 11h, a jornalista e co-fundadora da Conexão Malunga, Glenda Dantas, estará no painel “Tecnodiversidade, Epistemologias Negras e Ontologias Indígenas: Reflexões para a transformação dos fundamentos da Propriedade Intelectual”, no Congresso Global sobre Propriedade Intelectual e Interesse Público #IPWeek2021. O evento será transmitido ao vivo pelo YouTube do GCIP Global Congress IP.
A mesa, proposta pelo Professor de Direito da USP, Vitor Ido, busca evidenciar que “nos últimos anos, multiplicaram-se as críticas sobre o caráter ocidental, masculino, branco e limitador da propriedade intelectual. Neste processo incluem-se propostas para sua crítica e reformulação a partir de diversos paradigmas, inspirados, dentre outros, em feminismos negros, cosmologias indígenas e modelos alternativos de coordenar formas de conhecer e dar sentido ao mundo e de inovação tecnológica”.
Destacam-se, neste sentido, os conceitos de cosmotécnica e tecnodiversidade de Yuk Hui, o perspectivismo ameríndio formulado por Viveiros de Castro, e a crítica às epistemologias brancas de feministas negras. O objetivo da conversa é “levar a sério estas considerações para promover um diálogo – e a potencialidade de disjunções e rupturas – nesta intersecção, considerando sua potencialização no contexto da pandemia. Ao invés de objetivar uma saída única, a mesa promove a multiplicidade e a reconformação dos paradigmas clássicos em prol de respostas mais diversas de diferentes iniciativas e reflexões oriundos de dentro e fora da academia”.
Estarão presentes ainda Luísa Valentini, doutora em Antropologia Social (USP); Marcela Vieira, do Global Health Center Graduate Institute; Eliesio Vargas Marubo, liderança do povo indígena Marubo da TI – Vale do Javari; Vitor Ido, pesquisador da South Centre (Genebra) e a mediação ficará a cargo de Ana Paula Camelo, gestora de projetos no Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação (CEPI), na FGV Direito (SP).