#VIDASNEGRASIMPORTAM: e a branquitude depois da hashtag?

por Maiara Fonseca, Mariana Gomes e Talysson Costa

imagem por Ramon Nascimento

Texto publicado originalmente em LAPIN no dia 15/06/2020. Última atualização no dia 16/06/2020.

Em tempos em que antirracismo vira hashtag, observamos a necessidade de contribuir nas discussões sobre #VidasNegrasImportam a partir do desafio de desarticular a ligação direta entre racismo e negro, como se a vida negra se resumisse ao genocídio. O objetivo deste texto não é julgar os valores das estratégias e políticas negras nesse momento de pandemia, como algumas análises têm se debruçado. Nossa intenção é chamar a branquitude [1] à responsabilidade no que tange ao racismo e à tecnologia, com destaque para a Internet.

A colaboração entre pesquisadores do LAPIN (Laboratório de Políticas Públicas e Internet) e integrantes da Plataforma Conexão Malunga faz o exercício de deslocar a branquitude do centro de visibilidade para o centro da crítica por meio da análise do ativismo através de hashtags. Não é sobre culpa, mas sobre demandar o posicionamento crítico e ação contundente dos beneficiários do racismo antes da morte sistemática de pessoas negras eclodir em trending topics ou no jornalismo tradicional como mais um episódio dos extermínios.

Multifaces do racismo: da violência policial à Internet

A violência policial é uma das muitas facetas do racismo estrutural, organizada a partir das políticas de segurança pública no modelo de “guerra às drogas”. Segundo a Anistia Internacional, a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no Brasil. Quem é preto e, principalmente, quem mora nas favelas e periferias, compreende que a única base de apoio que possui é a própria comunidade. É nesse espaço que as revoltas, os choros e as revoluções de dentro para dentro acontecem. O punitivismo da “guerra às drogas” legitima desdobramentos que evidenciam o genocídio negro, estejam essas pessoas na ponta das políticas públicas, como estavam João Pedro Mattos, Kauê Ribeiro dos Santos, Ágatha Felix, Kauã Rozário, Kauan Peixoto, Jenifer Cilene Gomes, estejam nos espaços de decisão, como estava a vereadora e ativista Marielle Franco.

É preciso ressaltar, contudo, que não só estes espaços físicos são marcados pelo racismo. A própria característica estrutural desta opressão, sobretudo em sociedades como a brasileira, marcada por 388 anos de regime escravagista, dá suporte à manutenção colonial por meio da tecnologia, com o epistemicídio sendo complementar aos extermínios na medida do genocídio negro.Pesquisadores como Tarcízio Silva e Sil Bahia, aqui no Brasil, e Ruha Benjamim e Simone Browne, na afrodiáspora, evidenciam as bases que alicerçam o racismo por meio da opacidade dos algoritmos ou a sofisticação da vigilância às pessoas negras. O conjunto desses estudos, na variedade de abordagens, explicita que mesmo as novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s), em que destacamos a Internet, podem desempenhar um papel relevante na sofisticação do racismo, permeando desde o acesso até a governança das inovações tecnológicas.

Atualmente, 133,8 milhões de brasileiros acessam a Internet [2]. Entre as pessoas negras (pretas e pardas), aproximadamente 75% desta população [3] já está conectada, proporção parecida com a branca, contudo a qualidade do acesso ainda é desigual. A atenção ao dado de raça sobre os usuários da Internet nos levantamentos oficiais mais recentes representa os avanços coletivos dos movimentos negros pela visibilidade nas políticas públicas de combate às desigualdades sociais. Admitir finalmente a indispensabilidade das dinâmicas raciais para análise da realidade brasileira no contexto de tecnologia abre possibilidades das pessoas negras pleitearem e permanecerem na governança de TIC’s como a Internet.

Tecnologia e a insistência na “inocência” racista

Em “A era da inocência acabou”, célebre texto de Jurema Werneck publicado em 2001, no pós Conferência de Durban, todos nós somos convocados para irmos além da nomeação daquilo que não era dito: racismo. Há pelo menos cinquenta anos, o movimento negro brasileiro, através de organizações e articulação entre debates em associações de moradores e universidades, jornais, protestos nas ruas e formação política de base, desmentiu de uma vez por todas o mito da democracia racial, discurso que romantiza a mestiçagem que aconteceu no Brasil em prol da manutenção da “estrutura de supremacia racial branca, que continua impávida, intocada e inalterável” (Nascimento, 1979) [4].

Contudo, esse mito atravessou o século e continua permeando o imaginário brasileiro e se materializa através da branquitude em carne, osso, fios, programações, leis e morte. É o que Werneck nos ajuda a compreender em seu texto: a inocência de não dar nome ao racismo “mais que ser cúmplice do passado… [é] auxiliar poderosa da criação cotidiana de novos mecanismos de submissão, de aniquilamento de um povo e sua cultura”.

A branquitude é status de poder que permite ao branco ser elevado a valor de humanidade e o único com possibilidade de emitir seu olhar sobre o negro e, ao mesmo tempo, o seu não olhar sobre ele próprio.De acordo com Cardoso (2008, 2010 e 2014), conforme citado por Silva (2017), “os estudos críticos da branquitude nasceram da percepção de que era preciso analisar o papel da identidade racial branca enquanto elemento ativo nas relações raciais em sociedades marcadas pelo colonialismo europeu.” Percebe-se a necessidade desse estudo mais intimamente aprofundado sobre o privilégio branco, assim como sobre sua posição de poder. Privilégio este que se baseia na ideologia de hierarquia racial pensada em benefício da população branca e em detrimento da população negra e de todo povo que não representa o ideal de branco europeu.

Nos estudos agregados na pesquisa Quem Coda o Brasil?, da Pretalab em parceria com a Thoughtworks, em 32,7% dos casos não há nenhuma pessoa negra nas equipes de trabalho em tecnologia. Em 68,5% dos casos, as pessoas negras representam um máximo de 10% das pessoas nas equipes de tecnologia. O levantamento foi realizado entre os meses de novembro de 2018 e março de 2019, somando um total de 693 respondentes válidos em 21 estados brasileiros, incluindo o DF.

Dados coletados nessa e em outras pesquisas que analisam a compreensão de diversidade no cenário de tecnologia demonstram que os discursos hegemônicos nos espaços de decisão sobre inovação tecnológica são os de neutralidade, na medida em que tecnologia nada tem a ver com gente, com poder, emancipação ou opressão, a não ser o “conhecimento técnico”; universalidade, no sentido do apagamento intelectual e silenciamento de pessoas não brancas; e progresso, em nome do qual a branquitude concretiza processos de genocídio negro.

No caso da Internet, os princípios para uso e governança aprovados pelo Comitê Gestor da Internet inscrevem a “construção de uma sociedade inclusiva e não discriminatória em benefício de todos” e o respeito e o estímulo à diversidade cultural. Contudo, a falta dos corpos negros na liderança de instituições, empresas e centros de pesquisa comprometidas com a inovação das TICs marca a manutenção do racismo como parâmetro de desenvolvimento.

Mídias sociais digitais e campanhas antirracistas

Partindo da apropriação das TICs, a sociedade mediatizada dá lugar a novas formas de ativismos. Através de novos meios de construção de linguagens, indexação e identificação de conteúdos, ao exemplo das #hashtags, que evidenciamos nesta discussão, as mídias sociais digitais apresentam-se como mais uma possibilidade de articulação e mobilização política.

As hashtags são palavras ou frases antecedidas do símbolo “#”, cujo o objetivo é criar um hiperlink para etiquetar palavras, frases ou siglas de modo que se formem uma catalogação de fácil acesso ao usuário. O uso desse recurso como forma de expressão, denúncia e mobilização coletiva online é conhecido como#Hashtivism[5]. A velocidade na produção e no tráfego de informações proporcionada pela própria estrutura da Internet e modelos de mídias sociais como o Twitter, permite o amplo compartilhamento de conteúdos sobre questões sociais, culturais e políticas.

Vale ressaltar que os ciberativismos não se limitam ao espaço online, mas podem ser compreendidos como continuidade das articulações que acontecem em dimensões históricas e também offline. Através do ambiente digital os movimentos negros da afrodiáspora apostam nos vínculos sociais mediatizados. Nesse sentido, é possível ampliar a visibilidade dos debates sobre impactos do racismo nas vidas negras e das sociedades que a diáspora se enraíza, assim como das narrativas antirracistas e contra outras estruturas de opressão articuladas.

Voltando às hashtags, a #VidasNegrasImportam marca os (ciber)ativismos negros no Brasil em diálogo com #BlackLivesMatter ou #BLM, mobilização desencadeada em 2012 nos Estados Unidos após o julgamento e absolvição de George Zimmerman, ex-vigilante responsável pelo assassinato do adolescente Trayvon Martin, na época com 17 anos. Em maio deste ano, as mobilizações ganharam um novo fôlego respectivamente ante o assassinato deJoão Pedro Mattos, adolescente de apenas 14 anos, morto após operação da polícia militar do Rio de Janeiro, no bairro no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ), e a morte de George Floyd, homem negro estadunidense morto asfixiado durante abordagem policial em Minneapolis (EUA), uma semana após o falecimento de João. Além disso, o fluxo de informação por mídias sociais de acesso global, provavelmente contribuíram para que um movimento ajudasse a promover o outro. Contudo, embora o movimento #BlackLivesMatter exista há 7 anos, repercutindo inclusive aqui no Brasil, e tenha permanecido ativo aos longos dos anos fazendo outras denúncias de violências contra negros, o que fez com que os casos dos assassinatos de George Floyd e João Pedro ganhassem destaque agora? Para responder as enfáticas perguntas, trazemos as reflexões do professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Cristiano Rodrigues [6]. Em ambos os países, tivemos uma passagem de momento de certo otimismo na sociedade para um desencanto, refletida pelas eleições de seus respectivos presidentes. Esse desencanto não é só com o sistema de representação política, mas também por uma espécie de revanchismo branco, uma vez que os dois presidentes foram eleitos por pessoas que não aceitam dividir o espaço democrático com grupos historicamente marginalizados dos sistema políticos estatais. Outro aspecto destacado pelo docente é o fato de que, no Brasil, o que alguns autores chamam de “genocídio da juventude negra”, e nos Estados Unidos, com ênfase na brutalidade policial, são casos recorrentes, comuns e com alto grau de impunidade.

Além disso, estamos em momento crítico de pandemia do COVID-19, em um estado de hipervigilância e ansiedade, em que as pessoas estão mais desesperançosas lidando com sentimentos de incertezas, medo, vulnerabilidade e pessimistas em relação ao mundo. Segundo o professor, isso vira um grande caldo de cultura, em que a insatisfação popular com a política, com a situação da pandemia e a percepção de que as questões do racismo não são devidamente tratadas na esfera pública crescem repercutem em protestos de proporções enormes. Esse entendimento é corroborado não só aqui no Brasil, mas também nos EUA, como defende Jenna Wortham, redatora da equipe do jornal The New York Times [7].

Tendo em vista a manutenção da supremacia branca e do cis-heteropatriarcado em plataformas de mídias sociais digitais, as ações simultâneas de ciberativismo no percurso da diáspora negra representam hoje a intensificação de vozes sem fronteiras. No caso de João Pedro Mattos, as mobilizações pela busca do menino se deram através da hashtag #ProcuraseJoaoPedro. Usuários anônimos e influenciadores digitais negros começaram a repercutir o episódio de violência policial. Em seguida, os jornais começaram a publicar sobre o sumiço da criança. Somente no dia seguinte a família encontrou o jovem, infelizmente, sem vida. Movimentações como essa inferem discursos significativos que instigam o debate sobre o valor da vida negra, o racismo estrutural, a desigualdade racial, as agressões e o genocídio negro, marcados pelas políticas de “guerra às drogas”, sintetizada nos casos que citamos inicialmente.

O que a hashtag #VidasNegrasImportam nos prova é que mais uma vez pessoas negras vão além da nomeação do que não era dito – racismo: ele está sendo de fato filmado, registrado. Não como se fosse televisionado, dependendo da editoria e enquadramento dos programas televisivos de uma mídia branca, mas denunciado por atores diversos entre usuários anônimos, influenciadores digitais e uma mídia negra nativa digital. É a materialização do antirracismo em marchas, rastros, links e vida.

Simultaneamente, é também nesse contexto que a branquitude é confrontada internacionalmente, mesmo que ainda seja referência hegemônica de poder. Contudo, percebe-se uma movimentação de “apoio” de pessoas brancas às mobilizações negras contra o genocídio através de hashtags como #antirracismo e até mesmo a #VidasNegrasImportam.

É interessante comentar que dentro da definição de branquitude, Lourenço Cardoso trabalha os termos branquitude crítica e branquitude acrítica. Trazendo a abordagem de forma bem sucinta, a branquitude crítica, segundo o pesquisador, seria aquela em que o branco assume e desaprova seus privilégios, mas não de forma ampla. Esse branco se define como antirracista e até propõe reações antirracistas em público, porém não está isento, e tem elevadas chances, de ter atitudes racistas em seu âmbito privado, ou seja, a crítica do mesmo surge quando convém. Já a branquitude acrítica, de acordo com Cardoso, se caracteriza no branco que é extremamente racista. Este sabe dos seus privilégios e acredita ter direito sobre eles, pois se considera superior ao não-branco. A branquitude acrítica não se importa em evidenciar seu racismo por meio da violência, tendo em vista que são simpatizantes de grupos extremistas.

Reiteramos a Internet como espaço de articulação política, mas para que o racismo seja desmantelado, a branquitude como esteio da supremacia branca precisa ir junto. Já que neste texto demandamos responsabilidade à branquitude no combate ao racismo, tendo em vista as tecnologias de informação e comunicação, cabe perguntar: se desfazer-se da inocência racista é fundamento para desarticular o privilégio branco, o que as pessoas brancas precisam fazer ao mesmo tempo que postam hashtag #antirracismo?

Conclusão/propostas

A partir do momento em que o não-branco desloca-se do lugar de objeto de estudo, imposto pela intelectualidade branca, e, consequentemente, põe o branco como sendo também objeto de estudo, causa um efeito de marcação racial do outro sobre o branco que este ainda não havia vivenciado. Já que a desumanização das vidas negras acontece de forma coletiva e estrutural, não há como incorrer em individualidades ou ocasionalidades.

A alternativa negra de ir às ruas reivindicar pela vida, ainda que durante a pandemia, revela camadas do genocídio e necessidade de ação política negra. A ação baseada na branquitude crítica demanda, portanto, coletividade, posto que branquitude é status de privilégio compartilhado pelas pessoas brancas, mesmo as críticas.

Repetimos: não é sobre ego e sim sobre honestidade intelectual, autocrítica e resposta coletiva e institucional. No fim disso, não há medalha para o branco menos racista. Doar e apoiar entidades negras é tarefa inicial, mas é preciso atenção para não performar o papel de “princesa Isabel”. Mais que isso, é urgente utilizar-se dos postos de decisão para dar visibilidade aos projetos civilizatórios e democráticos da população negra e desfazer-se das bases econômicas exploratórias que sustentam a branquitude.

A iniciativa de convite e colaboração do LAPIN à Conexão Malunga é ponto de areia na imensidão dos entraves do racismo, mas é esforço dentro de um exercício contínuo – até mesmo geracional – contra a dominação como medida de comportamento, o epistemicídio como cimento das instituições e o genocídio como parâmetro da estrutura da sociedade, da dita civilização.

Diante de tudo que foi escrito e de todas as referências que nos ajudaram a refletir, queremos deixar a seguinte mensagem à branquitude: saiam do sofá, escrevam e produzam autocríticas, compartilhem estudos de pesquisadores negros e indígenas. A partir daí podemos tornar a Internet e todos os outros espaços verdadeiramente antirracistas. Afinal, #VidasNegrasImportam!

Sobre os autores:

Maiara Fonseca é graduanda em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia. Colabora na Plataforma Conexão Malunga.

Mariana Gomes é graduanda em Comunicação Social pela Universidade Federal da Bahia e co-fundadora da Plataforma Conexão Malunga. Atualmente é liderança apoiada pelo edital de Desenvolvimento de Lideranças Negras Marielle Franco, do Fundo Baobá para Equidade Racial. É pesquisadora do CEPAD (Centro de Estudos e Pesquisa em Análise do Discurso/UFBA).

Talysson Costa é graduando em Direito pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e Pesquisador no Laboratório de Políticas Públicas e Internet (LAPIN).

Referências

[1] Segundo Lia Lia Vainer Schucman, pesquisadora em Psicologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),“A branquitude é sempre um lugar de vantagem estrutural do branco em sociedades estruturadas pelo racismo, ou seja, todas aquelas colonizadas pelos europeus, porque a ideia de superioridade surge ali e se espalha via colonização. Dessa forma, colocam as definições vindas da branquitude como se fossem universais”. Disponível em:https://agencia.fiocruz.br/pesquisadora-explica-conceito-de-branquitude-como-privilegio-estrutural. Acesso em: 13 jun. 2020.

[2]TIC Domicílios de 2019, do CETIC.br (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação).

[3]“Desigualdades Sociais por cor ou raça no Brasil” de 2018, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

[4] Introdução à mistura ou massacre? – Ensaios desde dentro do genocídio de um povo negro. O quilombismo: Documentos de uma militância Pan-Africanista. Abdias do Nascimento.

[5] GRAHAM, Karen.Op-Ed: Hashtivism has become the squeaky wheel that wants to be heard. [S.l], 2 mar. 2017. Disponível em:http://www.digitaljournal.com/internet/op-ed-hashtivism-has-become-the-squeaky-wheel-that-wants-to-be-heard/article/487011. Acesso em: 10 jun. 2020.

[6] MARIA CRUZ, Márcia.Vidas negras importam: há pouco clamor’, diz professor da UFMG. [S.l], 2 jun. 2020. Disponível em : https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2020/06/02/interna_internacional,1152846/vidas-negras-importam-ha-pouco-clamor-diz-professor-da-ufmg.shtml. Acesso em: 13 jun. 2020.

[7] WORTHAM, Jenna. A Glorious Poetic Rage. [ S.l], 5 jun. 2020 . Disponível em : https://www.nytimes.com/2020/06/05/sunday-review/black-lives-matter-protests-floyd.html. Acesso em: 13 jun. 2020.

MÜLLER, Tânia; CARDOSO, Lourenço. Branquitude: Estudos sobre a identidade branca no Brasil. 1ª ed. Curitiba: Appris, 2017.

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