Pesquisa inédita sobre acesso a Internet em comunidades tradicionais é lançada

Dados quantitativos e relatos de mulheres quilombolas e rurais demonstram desafios em busca de conexão e usos das tecnologias

Nesta tarde (23), às 14h, é lançada a pesquisa Territórios Livres, Tecnologias Livres, realizada com 274 famílias de 33 comunidades de Povos e Comunidades Tradicionais do Nordeste. Coordenada pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), Intervozes e Movimento da Trabalhadora Rural do Nordeste, o levantamento será apresentado na live “Mulheres Negras, Tecnologias e Territórios”. O evento será transmitido ao vivo no canal do Youtube da CONAQ e do Intervozes, assim como pela página do Facebook do MMTR-NE.

A Conexão Malunga, na figura da co-fundadora e jornalista Glenda Dantas, participa da live de lançamento da pesquisa comentando a relevância do estudo para os debates de promoção de inclusão digital. Estarão presentes Aline Carneiro (MMTR-NE), a Iyalorixá Beth de Oxum e Iara Moura (Intervozes). O encontro também tem a participação de mulheres negras da Colômbia e de Honduras, com intervenções culturais do grupo de Ciranda e Coco de Roda do Quilombo Caiana dos Crioulos, de Alagoa Grande, na Paraíba.

Sobre a pesquisa

Um dos resultados da pesquisa – que buscou identificar usos e acessos de internet e tecnologias de informação e comunicação em áreas rurais e quilombolas do país – é que 29% dos domicílios nestes territórios não têm acesso à internet.

Dentre as famílias que possuem internet em casa, 33% têm dificuldade para pagar os custos mensais com o serviço. Quando chove, a internet fica ruim ou falha, “com muita frequência”, para 41% das famílias. Apenas 11% das famílias que vivem nessas comunidades têm computador, as demais utilizam celulares com planos de dados limitados para ter acesso a informações sobre a pandemia de covid-19, estudar, trabalhar, acessar conteúdos religiosos e culturais e se conectar com a comunidade.

O levantamento evidenciou também que a desigualdade no acesso à rede tem consequências diretas na vida das mulheres quilombolas e trabalhadoras rurais. Um exemplo neste sentido é que muitas tiveram que contar com a ajuda de vizinhos ou mesmo se deslocar da comunidade para ter acesso ao auxílio emergencial. Mais informações estarão disponíveis após a live de lançamento.

Fonte: Intervozes

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